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Relatora Especial das Nações Unidas pede a autoridades europeias que não usem a hanseníase no debate político

Data de publicação: 03/07/2018

 

Alice Cruz, relatora especial das Nações Unidas para a eliminação da discriminação contra pessoas afetadas pela hanseníase e seus familiares, critica pronunciamentos do presidente francês Emmanuel Macron e do vice-primeiro ministro italiano Luigi Di Maio.

Ela pede, em seu manifesto publicado nesta terça-feira, 3 de julho de 2018, que a lepra, ou hanseníase, não seja usada em referências políticas: “O uso de tais expressões e referências à hanseníase no debate político apenas promove a incompreensão da hanseníase e a discriminação contra as pessoas afetadas por ela”, escreveu.

Em seu documento, Cruz diz que os comentários de Macron foram supostamente seguidos por uma declaração do político italiano Di Maio que disse: “A verdadeira lepra é a hipocrisia europeia de alguém que afasta os migrantes na [fronteira franco-italiana em] Ventimiglia, e depois moraliza sobre como gerenciá-los”.

Claudio Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, sociedade médica que comemora 70 anos de funcionamento no Brasil, alerta que o discurso discriminatório é um dos maiores problemas no enfrentamento da doença. O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase – ficando atrás apenas da Índia – e enfrenta um problema sério que é o diagnóstico tardio da doença, quando sequelas incapacitantes já estão instaladas, além da falta de preparo dos serviços públicos e da medicina suplementar para diagnóstico e tratamento da hanseníase, sem contar a falta de ensino nas faculdades de medicina e saúde e a crença – por parte de autoridades, médicos, educadores – de que a hanseníase não existe mais no Brasil.

“É imperativo que a sociedade se manifeste e exija de suas autoridades o respeito aos doentes de hanseníase e suas famílias. Hanseníase é uma doença e tem cura. E em tratamento o doente não transmite mais o bacilo aos seus comunicantes. O sofrimento dos doentes e seus familiares com o preconceito é doloroso e desumano. Não se pode mais, no mundo contemporâneo, permitir que esse tipo de discriminação continue destruindo vidas”, finalizou.

O documento de Alice Cruz na íntegra pode ser lido no link: https://www.ohchr.org/EN/NewsEvents/Pages/DisplayNews.aspx?NewsID=23317&LangID=E

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