Hansenologistas brasileiros são convidados para seminário que reúne especialistas renomados mundialmente na China

Três hansenologistas brasileiros participam, de 3 a 5 de dezembro, do Seminário sobre Prevenção e Controle de Precisão da Hanseníase, na China, a convite do governo chinês. Na delegação estão o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), Marco Andrey Cipriani Frade, a hansenologista Helena Lugão, ambos de Ribeirão Preto-SP, e Claudio Guedes Salgado, ex-presidente da SBH e professor titular na Universidade Federal do Pará.

O seminário, que acontece em Nanjing, reúne especialistas, pesquisadores e profissionais de saúde de renome internacional para discutir estratégias inovadoras no combate à hanseníase.

O presidente da SBH foi homenageado com um jantar tradicional oferecido a pesquisadores ilustres – ele foi recebido pelo professor Hongsheng Wang, do Hospital de Doenças de Pele da Academia Chinesa de Ciências Médicas e Faculdade de Medicina da União de Pequim, Centro Nacional de Controle da Hanseníase e Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças.

O Brasil tem se destacado no cenário internacional em pesquisas sobre diagnóstico de casos de hanseníase sem sinais clássicos na pele e invisíveis aos profissionais de saúde, novas drogas, novos esquemas terapêuticos, vacina, e descobertas genéticas e imunológicas que podem revolucionar o enfrentamento à doença no mundo.

A SBH convidou dois representantes do Ministério da Saúde do Brasil para o seminário – George Jo Bezerra Sousa e Jurema Guerrieri Brandão. Todas as despesas da delegação brasileira são custeadas pela organização do evento.

A SBH espera fortalecer a cooperação internacional para organizar estratégias de controlar a doença como problema de saúde pública. Brasil é hoje o país que mais diagnostica hanseníase a cada grupo de 100 mil habitantes. A SBH ainda denuncia uma endemia oculta da doença, que são milhares de casos ainda não diagnosticados.