Para o topo
Sensibilidade sempre
/SBHansenologia
/todoscontraahanseniase

não é associado?
Botão Associe-se
sala de imprensa » releases

Simpósio da Sociedade Brasileira de Hansenologia terá curso para agentes comunitários

Data de publicação: 28/07/2015

 

No Brasil, a doença é problema de saúde pública, com 30 mil casos novos/ano, elevado número de pacientes menos de 15 anos e grau 2 de incapacidade por diagnóstico tardio

Segundo país em número de casos de hanseníase – perdendo para a Índia –, o Brasil foca sua política de saúde, para doenças endêmicas, em treinamento a agentes comunitários. A Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), fundada em 1947, realiza os únicos eventos científicos no país que tratam do assunto. De 30 de outubro a 2 de novembro de 2015, a entidade lança a 8ª edição do Simpósio Brasileiro de Hansenologia com o tema “Ações para diagnóstico precoce e/ou oportuno da hanseníase”.

O simpósio, que acontecerá em São Paulo-Capital, oferecerá um curso pré-congresso de capacitação dirigido a agentes comunitários de saúde (ACS) e ministrado pelos dermatologistas Egon Luiz Rodrigues Daxbacher (da Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Kedman Trindade Mello (responsável pela Gerência de Dermatologia Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro) e Maurício Lisboa Nobre (da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte).

O curso
O curso tem o objetivo de orientar o ACS sobre como suspeitar de lesões relacionadas com hanseníase (manchas brancas, avermelhadas com alteração de sensibilidade ao tato, a dor e ao calor) durante as visitas domiciliares, encaminhando esses indivíduos à unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento.

Além disso, apresentará noções de ética quanto à abordagem das famílias e vizinhos quando houver um caso diagnosticado na comunidade; destacará a importância do ACS no seguimento do tratamento dos doentes e ações de estímulo aos pacientes para que não abandonem o tratamento, além de noções de reações que podem ocorrer com o tratamento.

As inscrições para o curso serão anunciadas em breve no site www.sbhansenologia.org.br.

Hanseníase
Doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. O doente tem a pele, nervos periféricos, olhos e outras áreas afetadas.

A doença se manifesta por áreas da pele com alteração de sensibilidade ao tato, a dor e ao calor, geralmente em áreas de lesões cutâneas esbranquiçadas ou avermelhadas, infiltrações (inchaços) das orelhas, face, cotovelos. O paciente pode apresentar áreas da pele que não suam, sem pelos, caroços no corpo ou ainda apresentar perda de força nas extremidades, perda dos cílios, vermelhidão nos olhos.

Há formas mais contagiosas (multibacilar – MB) e menos contagiosas (paucibacilar – PB). Por muito tempo foi uma doença incurável. Hoje há tratamentos a base de antibióticos, totalmente gratuito oferecido pelo SUS sendo curável plenamente quando diagnóstico precoce.

A denominação Hanseníase deriva do nome do médico norueguês Gerhard Henrick Armauer Hansen que, em 1873, identificou o Mycobacterium leprae como agente causador da doença.

No Brasil
A hanseníase no Brasil é um problema de saúde pública, pois ainda faz mais de 30 mil casos novos ao ano e apresenta prevalência de 1,42 casos/10 mil habitantes. O país só deixa de ter a hanseníase como um problema de saúde pública quando alcança a taxa de prevalência menor que 1 caso para cada 10 mil habitantes segundo estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Embora estejamos com a prevalência próxima à meta, o coeficiente de detecção ainda se mantem alto, com percentual elevado de casos de hanseníase em crianças menores que 15 anos (aproximadamente 8%), além disso, nas regiões onde já se alcançou a meta de prevalência menor que 1, há um elevado percentual de pacientes com grau 2 de incapacidade, predizendo diagnóstico tardio.

“Todos esses fatos indicam a necessidade de nos mantermos alertas quanto ao controle da doença e tornam evidente a necessidade de treinamento contínuo dos profissionais de saúde para o diagnóstico da hanseníase”, diz o presidente da SBH, Marco Andrey Cipriani Frade.

Tratamento
O tratamento é feito à base de um coquetel de antibióticos chamado poliquimioterapia, constituído de dapsona, clofazimina e rifampicina, podendo o tratamento variar de 6 a 12 meses conforme a forma clínica.

Existem exames para o diagnóstico da hanseníase como baciloscopia do raspado dérmico das orelhas, cotovelos, joelhos e lesões de pele; exame histopatológico a partir da biópsia da pele, dentre outros mais sofisticados. No entanto, esses exames são geralmente positivos nas formas multibacilares. O grande problema são os pacientes ditos paucibacilares (aproximadamente 40%) que apresentam esses exames negativos, semelhante à população normal. Por isso, a importância do exame clínico bem feito, principalmente na investigação quanto às alterações de sensibilidade, função sudoral.

Não há exame laboratorial diagnóstico para todas as formas da hanseníase. O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico, independentemente do resultado dos exames laboratoriais.

Sobre a SBH
A Sociedade Brasileira de Hansenologia foi fundada em 1948. É a realizadora do Simpósio Brasileiro de Hansenologia e do Congresso Brasileiro – este acontece a cada três anos. São os únicos eventos no país que tratam especificamente do tema e atendem a uma rede de profissionais da saúde que inclui: médicos das áreas de dermatologia, infectologia, clínica médica, neurologia, ortopedia, oftalmologia, medicina da família e comunidade, medicina preventiva e social, além de profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional, assistência social, história, biomedicina e alunos de graduação. A SBH é a responsável pela aplicação da prova teórico-prática para obtenção do certificado de área de atuação em hansenologia para médicos. As provas são realizadas a cada três anos, durante o congresso da entidade.

A SBH é presidida por Marco Andrey Cipriani Frade, dermatologista pela SBD-AMB (Sociedade Brasileira de Dermatologia-Associação Médica Brasileira) e hansenologista pela SBH-AMB, coordenador de Residência Médica de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP (HCFMRP-USP), coordenador do Centro de Referência em Dermatologia Sanitária - Hanseníase - HCFMRP-USP.

Veja também

Marketing e Assessoria de Imprensa

 

Texto & Cia Comunicação

 

Endereço: Rua Galileu Galilei 1800 cj 04 - Jardim Canadá
CEP 14020-620
Ribeirão Preto SP
Tel: 16 3234.1110 - 3916.2840

 

Atendimento:

Blanche Amancio
Daniela Antunes

destaques SBH

PARCEIROS SBH
CRNDSHansen
DAHW
CREDESH Centro de Referência Nacional em Hanseníase/Dermatologia Sanitária

Secretaria e correspondências
Laboratório de Dermato-Imunologia 
Universidade Federal do Pará
Av. João Paulo ll , 113
Bairro Dom Aristides
Marituba-PA
CEP: 67200-000
Tel: (91) 3201-7033

© Copyright 2017 SBHansenologia All Rights Reserve