Para o topo
Sensibilidade sempre
/SBHansenologia
/todoscontraahanseniase

não é associado?
Botão Associe-se
Informação » Notícias

25 de janeiro - Dia do Combate à Hanseníase

Data de publicação: 11/01/2016

 

Número alarmante de 30 mil novos casos/ano poderia ser minimizado com população bem informada

Janeiro é o mês reservado ao combate a uma das mais antigas doenças conhecidas pela humanidade e que já está banida de muitos e muitos países há anos. Não é o caso do Brasil e Índia, os dois países que sofrem amargamente com a hanseníase e ocupam o topo da lista. Neste ano, o Dia de Combate à Hanseníase será 25 de janeiro.

A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a grande arma para combater esta doença, felizmente, está em nossas mãos – é a informação. Mas infelizmente a doença ficou esquecida em nosso país e a população – sem distinção de classe econômica – é passiva à evolução da hanseníase dentro de casa.

Se, por um lado, a hanseníase é curada com tratamento simples, gratuito em todo o Brasil, por outro, não são raros os doentes que perdem movimentos, visão e têm outros comprometimentos graves apenas por causa da desinformação. Outros, com poder aquisitivo e sem diagnóstico preciso, estão investindo muitos recursos em tratamentos para vários problemas, menos para a hanseníase, enquanto a doença evolui.

Não é apenas o cidadão comum que precisa saber sobre a doença, tanto quanto ele tem conhecimento sobre outros tipos de doenças graves como câncer ou AIDS. É a professora dos primeiros anos escolares, são os médicos de todas as especialidades, os demais profissionais da saúde – fisioterapeutas, educadores físicos, enfermeiros e técnicos de todas as áreas –, a mãe, o pai, o chefe religioso. Enfim, são eles que devem fazer o alerta quando identificarem a primeira mancha e/ou alteração de sensibilidade na pele.

Embora todas as unidades básicas de saúde tenham autonomia para diagnosticar e tratar a hanseniase, a distância entre a identificação do problema ante seus primeiros sinais e a chegada à unidade de saúde habilitada a firmar esse diagnóstico é longa e tempo suficiente para o agravamento da doença e comprometimento dos nervos, por exemplo, limitando movimentos e, por consequência, toda a vida do doente de hanseníase.

O maior combate que temos de assumir é contra o preconceito. Até mesmo cidadãos esclarecidos, personalidades renomadas em suas áreas, empregam termos derivados de hanseníase ou lepra como adjetivos com conceito negativo. Hanseníase é uma doença, não uma (des)qualificação de alguém ou alguma coisa. O tratamento é simples no estágio inicial – de seis a doze meses de ingestão de medicamento via oral. A transmissão do bacilo causador da doença dá-se somente por contato muito próximo – por via respiratória ao falar ou tossir, por exemplo. Mas o doente pode conviver com seus familiares e conhecidos, utilizar os mesmos copos ou talheres porque o bacilo não sobrevive ao meio aéreo por muito tempo. Ao iniciar o tratamento, o paciente já não transmite mais a doença.

Por tudo isso, não dependemos de drogas inacessíveis e não dependemos de pesquisas para tirar o Brasil desta triste lista de campeão de hanseníase. Dependemos tão somente que a informação seja popularizada. Para isso, é preciso que as empresas disponibilizem a informação aos seus colaboradores, ou por meio das CIPAs, as escolas tratem do tema em suas disciplinas, os planos de saúde atualizem seus profissionais de saúde, a mãe e responsáveis por menores informem-se e, especialmente, que governantes abram este debate.

A Sociedade Brasileira de Hansenologia disponibiliza informações gratuitamente em seu site a quem necessitar. No Facebook SBHansenologia estamos fazendo um trabalho educativo com informações sobre a doença e seu tratamento. Mas a sociedade precisa abraçar esta causa porque 30 mil novos casos por ano de hanseníase, muitos ainda jovens abaixo de 15 anos – o que significa que a doença está entre familiares, colegas de escola, amigos – é um número alarmante.

Marco Andrey Cipriani Frade
Presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia

Veja também

destaques SBH

PARCEIROS SBH
CRNDSHansen
DAHW
CREDESH Centro de Referência Nacional em Hanseníase/Dermatologia Sanitária

Secretaria e correspondências
Laboratório de Dermato-Imunologia 
Universidade Federal do Pará
Av. João Paulo ll , 113
Bairro Dom Aristides
Marituba-PA
CEP: 67200-000
Tel: (91) 3201-7033

© Copyright 2017 SBHansenologia All Rights Reserve